quarta-feira, setembro 08, 2010

Quem vê cara...



A campanha política está de volta! A festa da democracia vai recomeçar e com ela todos os transtornos que este período traz a reboque como propaganda política, horário político, carros de som, “santinhos” (que nome infeliz, hein?), poluição visual e outras mazelas.

Os candidatos também estão de volta para a temporada de caça, onde eles, claro, são os caçadores. O problema é que, passadas as eleições, eles não voarão para o Sul. No máximo, irão para o Centro-Oeste, mas não ficam por lá nem até quinta-feira.

Todo mundo sabe que não se pode ganhar as eleições apenas com a verdade (até nós eleitores sabemos disso), por isso, nos discursos e projetos sempre tem algumas promessas ou obras que nunca verão a luz do dia. Sabemos que a boa vontade é grande na hora de traçar as metas, mas o tempo é curto na hora de cumpri-las. Mas, existe um tipo de inverdade que acabou de atingir o paroxismo do absurdo: as fotos de campanha.

Ver o Serra simpático ou a Marina arrumadinha ainda dá para engolir, mas a Dilma bonitona é demais! Tudo bem que ela deu uma bela repaginada depois que começou a trabalhar na sua campanha e melhorou quinhentos por cento, mas, ainda assim, era aquilo que a gente via. O pessoal do Photoshop que trabalhou na foto da Dilma exagerou e com as rugas, manchas e imperfeições retirou uns trinta anos de idade da candidata.

Um amigo meu, que é meio político e meio gente, (eu tenho amigos em todo lugar e não tenho preconceito) disse até que a Dilma podia ser enquadrada por falsidade ideológica!  Exageros à parte, eu não duvidaria se depois das eleições, no caso de uma derrota, ela recebesse um convite da Playboy para um ensaio fotográfico, ou até mesmo assumisse sua transformação e estrelasse uma campanha brasileira da Adobe (fabricante do milagroso programa). Aliás, podia ser até uma coisa mais ou menos assim: “O Photoshop é como o futebol, os outros inventam, mas nós brasileiros fazemos a mágica acontecer”.

O pior de tudo é que esta estratégia absurda e esse artifício diabólico podem até dar certo. Como a gente só liga a televisão para assistir à novela, é capaz de a maioria dos eleitores jamais terem visto a “verdadeira” Dilma.